Longas como “Ainda Estou Aqui”, “Malu”, “Cidade; Campo” e a série “Cidade de Deus: A Luta não Para”, foram exibidos em Los Angeles. Edição ainda contou com a presença ilustre de Fernanda Torres, Selton Mello, do diretor Aly Muritiba e do ator e empresário norte-americano Terry Crews
A 16ª edição do HBRFF – Hollywood Brazilian Film Festival reuniu grandes nomes do cinema brasileiro e milhares de espectadores durante as sessões em Los Angeles, que contaram com a exibição de filmes brasileiros que mais tiveram destaque nos principais festivais internacionais, como Cannes, Sundance, TIFF e Veneza.
O festival, que se consolida como uma das principais janelas nos Estados Unidos para cineastas brasileiros premiados internacionalmente, contou em sua seleção oficial deste ano com as produções “Cidade; Campo”, dirigido por Juliana Rojas, que ganhou o prêmio de Melhor Direção no Encounters do Berlinale; o favorito do Sundance, “Malu”, dirigido por Pedro Freire, vencedor do Prêmio Paradiso na Mostra de SP e de Melhor Filme no Festival do Rio junto com Baby; e “Baby”, dirigido por Marcelo Caetano, filme que concedeu ao ator Ricardo Teodoro prêmio de Ator Revelação na Semana da Crítica em Cannes; “Motel Destino”, dirigido por Karim Aïnouz, que foi indicado ao Palme d’Or e Queer Palm em Cannes; “Greice“, de Leonardo Mouramateus, ganhador do 13º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba de Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Atuação; “No Nosso Sangue“, de Pedro Kos; “Oeste Outra Vez”, de Erico Rassi, ganhador do prêmio de Melhor Filme, Melhor Fotografia e Melhor Ator Coadjuvante em Gramado; e a série “Cidade de Deus: A Luta Não Para”, de Aly Muritiba. A curadoria ficou por conta do sócio da Filmes de Plástico, Thiago Macêdo Correia, que agora é parte do HBRFF como Diretor Criativo, ao lado de Talize Sayegh, fundadora e Diretora Executiva.
“O HBRFF segue firme com o seu compromisso de levar produções brasileiras de destaque a novos públicos e ocupando novos espaços. Neste ano, tivemos sessões no Cinema do Museu da Academia, um lugar muito simbólico e representativo para a sétima arte, assim como na Cinemateca Americana e no cinema vintage de Los Feliz. Isso fortalece o cinema feito no Brasil no mundo”, comenta Talize Sayegh.
Marcos importantes do 16º HBRFF
Por mais um ano, o filme de abertura do HBRFF foi o representante brasileiro ao Oscar na categoria de Melhor Filme Internacional.
A exibição de “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, candidato brasileiro ao Oscar 2025, marcou simbolicamente uma nova etapa da campanha do longa à maior premiação do mercado cinematográfico.
Além disso, a noite de abertura do HBRFF contou com as ilustres presenças de Fernanda Torres e Selton Mello, que também participaram de um painel especial após a sessão do filme para os votantes do Oscar, moderado por Abe Friedtanzer, fundador do Awards Buzz e um dos maiores preditores dos vencedores do Oscar.
“Estou muito feliz em estar neste festival e também por estar com um filme do Walter (Salles) de novo. Uma produção tão especial, madura e sutil. Tomara que o longa tenha uma trajetória linda, mas o simples fato de esse filme existir da maneira que ele é, para mim, já é tão emocionante”, completa Fernanda Torres.
“Ainda Estou Aqui” chega aos cinemas brasileiros no dia 7 de novembro e consiste em uma adaptação do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva. Na trama, que se passa no Brasil na década de 1970, uma mulher casada com um importante político precisa mudar sua vida completamente depois que ele é exilado durante a ditadura. A dona de casa se vê obrigada a virar ativista de direitos humanos após o desaparecimento de seu marido.
“Eu gosto muito de Los Angeles, tenho alguns amigos aqui, e apresentar este filme, neste momento, no cinema da Academia do Oscar, no festival que a Talize comanda há 16 anos, é uma vitória muito grande. Estou muito feliz”, explica Selton Mello sobre a exibição do filme no HBRFF.
Na noite de abertura do festival, mais de 250 artistas, cineastas e profissionais do mercado cinematográfico norte-americano e votantes do Oscar marcaram presença. Além de Fernanda Torres e Selton Mello, passaram pelo tapete vermelho o ator e empresário norte-americano Terry Crews, a modelo Alessandra Ambrósio, o ator Marco Pigossi, a atriz Suzana Pires, o lutador Anderson Silva, a atriz Polly Marinho, a atriz Juliana Xavier,entre outros. Um show exclusivo de Rodrigo Amarante, seguido pelo DJ Jay Burnquist fecharam a noite com chave de ouro.
O festival ainda trouxe em sua programação a exibição, pela primeira vez, de uma série brasileira no Teatro Aero, da Cinemateca Americana. Uma maratona com os seis episódios da primeira temporada de “Cidade de Deus: A Luta Não Para”, de Aly Muritiba, foi exibida gratuitamente, com direito a um bate-papo entre o diretor e os espectadores ao final da sessão.
“Ter os seis episódios exibidos na cinemateca norte-americana, em uma sala de cinema, tela grande, com o público podendo viver essa experiência imersiva, o que quase nunca acontece no universo das séries, foi muito especial. Quando eu fiz a série, eu fiz pensando de maneira muito cinematográfica. Então, ver ela sendo exibida nas condições ideais de cinema, foi lindo demais e ainda mais poder ter essa troca com o público, esse debate, que é algo que dificilmente temos a oportunidade de fazer quando fazemos séries”, comenta o diretor Aly Muritiba e completa “O HBRFF com certeza já se tornou uma das principais janelas do cinema brasileiro nos Estados Unidos. Acho que essa edição, que contou com uma seleção tão forte, é a prova disso, de que o festival está consolidado e é um espaço para onde todos os realizadores brasileiros e brasileiras querem levar os seus filmes”.
Na noite de encerramento, o festival celebrou o talento e o compromisso com a diversidade, premiando o cineasta e roteirista Diego Paulino com o processo de visto O-1 (para artistas de habilidade extraordinária), no valor de $15 mil dólares, por meio do renomado escritório de advocacia de imigração Santos Lloyd Law Firm, além de mentoria exclusiva da agência IAG Independent Artists Group. Junto de Chica Andrade, Michel Carvalho, Jaque de Souza, Carol Rodrigues e Bartolomeu Luiz; Paulino fez parte do “Think Cinema Think Brazil Lab,” iniciativa em colaboração com a SPCINE que oferece mentoria com líderes da indústria norte-americana para cineastas negros e LGBTQIA+. O programa é uma resposta direta à falta de representatividade na indústria audiovisual brasileira, onde apenas 2% dos profissionais são negros, apesar de 57% da população se identificar como tal. Estiveram presentes na cerimônia, a diretora da SPCINE, Lyara Oliveira, Barbara Alves Trugillo Superintendência de Desenvolvimento de Mercado e Articulação Setorial, e Marina Zaslawski Baião, Coordenadora de Formação na Spcine.
Diego Paulino é conhecido por seu curta-metragem NEGRUM3, vencedor de mais de 40 prêmios no Brasil e ao redor do mundo. Seu trabalho aborda temas relacionados à diáspora negra, fantasia e ficção científica, destacando-se por sua visão única e provocadora. Atualmente, Paulino está desenvolvendo o longa-metragem Experiências Desconfortáveis em Dias Nublados e a série FISSURA. Ele é membro ativo da APAN – Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro e integra a Rede de Talentos Paradiso.
O 16º Hollywood Brazilian Film Festival contou patrocínio do SPCine, Consulado Geral do Brasil – Los Angeles, Copa Airlines, Santos Lloyd Law Firm PC, Myama Entertainment e apoio de EST Hotel, TIP Performance de Mídia e Projeto Paradiso. Mais informações pelo site oficial: https://hbrff.org/
Serviço:
16º Hollywood Brazilian Film Festival
Data: 29 de outubro a 2 de novembro
Site oficial: https://hbrff.org/
Redes Sociais Oficias: Facebook.com/HBRFILMFEST | Instagram | Youtube
Patrocínio: SPCine, Consulado Geral do Brasil – Los Angeles, Copa Airlines e Santos Lloyd Law Firm PC, Myama Entertainment
Apoio: TIP – Performance de Mídia, EST Hotel e Projeto Paradiso.