“O mercado imobiliário será ainda mais impactado por inovações tecnológicas. Novos modelos de negócios, tais como“blockchain”, inteligência artificial, análise de dados,sustentabilidade e práticas de construção sustentável, tendem a remodelar o cenário, criando oportunidades de crescimento e eficiência”. O comentário é da advogada imobiliarista e também jornalista, Debora de Castro da Rocha, ao conceder entrevista exclusiva ao espaço BUSINESS WOMAN, do jornal Diário Indústria & Comércio (DI&C).
“Entretanto, não podemos descurar dos desafios econômicos que estarão presentes, em especial diante do aumento da Taxa Selic e da iminência da Reforma Tributária. A integração da tecnologia nas tendências arquitetônicas urbanas também é um ponto a ser observado”, segundo a especialista Debora, “pois está transformando o desenvolvimento imobiliário e da construção civil, com edifícios inteligentes e empreendimentos de uso misto, cuja proposta visa a promoção da funcionalidade, conforto e crescimento econômico em ambientes urbanos cada vez mais otimizados.”
Mais adiante, Debora de Castro da Rocha, que também é professora em inúmeros cursos de pós-graduação em Direito Imobiliário pelo país, “a integração da tecnologia nas tendências arquitetônicas urbanas também é um ponto a ser observado, segundo ela, pois está transformando o desenvolvimento imobiliário e da construção civil, com edifícios inteligentes e empreendimentos de uso misto, cuja proposta visa a promoção da funcionalidade, conforto e crescimento econômico em ambientes urbanos cada vez mais otimizados.”
E enfatiza: “Edifícios inteligentes que utilizam tecnologias avançadas e materiais inovadores, como concreto autocorretivo e vidros energeticamente eficientes, estão se tornando os grandes protagonistas neste novo cenário que alia a funcionalidade, a sustentabilidade e o conforto dos ocupantes.” Também destacou os empreendimentos de uso misto, cuja popularidade vem aumentando cada vez mais, pois ao combinarem funções residenciais, comerciais e recreativas, contribuem para a criação de comunidades vibrantes, conveniência e crescimento econômico das regiões, atraindo investimentos, melhoria da infraestrutura e a oferta de serviços que influenciam diretamente no futuro do mercado imobiliário.”
Cresce a contribuição da tecnolocia “blockchain”

Também empresária e Diretora Jurídica e de comunicação da Empresa Domínio Legal Regularização de imóveis, Debora de Castro da Rocha, salientou que “a tecnologia “blockchain” (tecnologia inovadora que opera como um banco de dados) que já vem transformando e influenciando as transações imobiliárias há alguns anos, promete contribuir ainda mais junto ao setor, especialmente quanto a celeridade, segurança e a transparência das negociações imobiliárias, que possibilitam o registro de dados de transações em um livro-razão imutável, o que reduz o risco de fraude e erro humano. O ambiente seguro gerado pela tecnologia também aumenta a confiança entre compradores e vendedores, sem contar a redução da burocracia e dos custos, que resultam na celebração célere de contratos e com menor onerosidade para as partes.”
De acordo com Debora de Castro da Rocha, outro ponto que tem chamado muita a sua atenção e tem sido alvo de muitas dúvidas e questionamentos, “é a utilização da inteligência artificial e como ela pode otimizar os processos no setor imobiliário. No mercado imobiliário brasileiro, a integração de IA e análise de dados é uma tendência e será essencial para operações mais eficientes e experiências aprimoradas para os clientes, resultando em um mercado mais competitivo.”
E diante deste panorama, Debora acredita ser inequívoco que a revolução das transações imobiliárias através da tecnologia blockchain, juntamente com a implementação de inteligência artificial e análise de dados na gestão imobiliária, prometem produzir grandes transformações no mercado imobiliário e profundos reflexos no setor em 2025.
E prossegue a especialista: “Ao aumentar a segurança, transparência e eficiência, essas tecnologias reduzem custos, agilizam processos e melhoram a satisfação dos clientes, promovendo um futuro mais seguro, sustentável e eficiente para o setor imobiliário brasileiro, que já consiste em um dos principais alicerces da economia em nosso país. Por sua vez, quanto às questões que orbitam no cenário econômico, não podemos deixar de considerar a tendência de aumento da Taxa Selic que se desenvolveu no ano de 2024, cuja qual impactará diretamente as taxas de hipoteca, financiamentos imobiliários e a acessibilidade de imóveis pelos consumidores, exigindo que investidores desenvolvam estratégias adaptativas e se mantenham atualizados sobre tendências econômicas e regulatórias para maximizar os seus lucros.”
Antecipar e entender as variações da Taxa Selic será fundamental, pois uma queda pode tornar o financiamento imobiliário mais acessível, enquanto um aumento pode elevar os custos de financiamentos e desmotivar os consumidores, exigindo monitoramento atento de indicadores econômicos e políticas do Banco Central.
De acordo com Debora da Rocha, que é Membra Relatora do Tribunal de Ética da OAB/PR, Presidente da Associação de Mulheres de Carreira Jurídica do PR e Vice-Presidente do Sindicato dos Advogados do Estado do Paraná, “Diante disso, os investidores imobiliários devem desenvolver estratégias para 2025, adaptando-se às mudanças, reavaliando portfólios e investindo em diversificação, mercados emergentes e inovações tecnológicas para melhorar a gestão e análise de investimentos, não podendo desprezar que o mercado imobiliário será igualmente impactado pela Reforma Tributária.
E conclui a especialista: “Observa-se, portanto, que o mercado imobiliário em 2025 está prestes a passar por uma grande transformação, impulsionada por inovações tecnológicas, novas oportunidades de desenvolvimento, elevação da taxa Selic e início dos reflexos da reforma tributária, que impactarão tanto investidores quanto consumidores. Desafios como o aumento dos custos de financiamentos, dificuldades técnicas e obstáculos oriundos da necessidade de adaptação exigirão treinamento, adoção gradual de tecnologia e incentivos financeiros, pois somente desta forma será possível a tomada de decisões assertivas para que haja o aproveitamento de todas as tendências emergentes e de igual modo, sejam alcançados os resultados esperados.”