Sexólogo explica por que nem todo orgasmo masculino termina em ejaculação e o que leva alguns homens a fingirem prazer.
E O QUE É O ORGASMO SECO? SEXÓLOGO EXPLICA OS TABUS SOBRE O PRAZER MASCULINO
Quando se fala em prazer masculino, muita gente ainda parte do pressuposto de que tudo é simples: se gozou, teve orgasmo. Mas a ciência mostra que o corpo do homem também tem suas complexidades.
Segundo o sexólogo Vitor Mello, orgasmo e ejaculação são coisas diferentes. Embora costumem ocorrer ao mesmo tempo, não são sinônimos. Existe, inclusive, um fenômeno chamado orgasmo seco, em que o homem atinge o clímax, sente prazer, mas não ejacula.
O que é o orgasmo seco?
O orgasmo seco consiste no clímax sexual sem a emissão de sêmen. Essa ausência pode ocorrer por diversos motivos. Em alguns casos, é proposital, técnicas como o tantra e o Karezza, por exemplo, ensinam a controlar a ejaculação para prolongar o prazer, aumentar a conexão com o parceiro ou parceira, e até alcançar orgasmos múltiplos.
Em outros casos, o orgasmo seco surge como consequência de alterações fisiológicas, como cirurgias na próstata, uso de certos medicamentos ou condições neurológicas, quando o sêmen é redirecionado para a bexiga, caracterizando a chamada ejaculação retrógrada.
“O orgasmo seco nem sempre é resultado de treino ou escolha consciente”, esclarece Mello. “Pode indicar alterações na musculatura do esfíncter da bexiga ou no sistema nervoso que controla a ejaculação. Por isso, é importante que homens que notem mudanças frequentes nesse padrão procurem avaliação médica.”
Além disso, ele destaca que o orgasmo seco não reduz a sensação de prazer, já que o clímax é uma resposta neurológica ligada à liberação de neurotransmissores, e não exclusivamente à ejaculação.
E quando o homem finge?
Fingir orgasmo entre homens ainda é um tema pouco debatido, mas que reflete pressões sociais e emocionais profundas. Segundo o sexólogo Vitor Mello, as razões podem variar, mas geralmente envolvem uma combinação de fatores físicos, psicológicos e relacionais.
“Muitos homens sentem a necessidade de manter uma performance sexual que seja ‘eficaz’ e rápida, por conta de cobranças internas ou externas. O cansaço, a ansiedade e o estresse do dia a dia podem diminuir o desejo ou a capacidade de atingir o orgasmo naquele momento”, explica.
Além disso, inseguranças relacionadas ao desempenho, medo de não satisfazer o parceiro ou parceira, e a falta de conexão emocional durante o ato também podem levar ao fingimento. Em alguns casos, o desejo de terminar o encontro sexual rapidamente, seja por desconforto, desinteresse ou outras razões , é suficiente para que o homem simule o clímax.
“O fingimento do orgasmo pode ser uma forma de evitar constrangimentos, manter a harmonia do relacionamento ou esconder dificuldades que ainda não foram conversadas abertamente”, complementa.
Quando é hora de se preocupar?
Para alguns, fingir orgasmo pode parecer inofensivo. Mas, segundo o especialista, esse comportamento pode indicar que algo não vai bem, seja no corpo, nas emoções ou no relacionamento. Assim como o orgasmo seco, que pode ser natural ou sinal de alguma alteração fisiológica, fingir prazer também merece atenção, principalmente se vier a se tornar frequente.
“O sexo é uma expressão da saúde física e emocional. Mudanças no padrão de prazer, ausência de ejaculação, dor ou queda na libido devem ser acompanhadas. Se algo parece fora do normal, vale procurar orientação”, finaliza o sexólogo Vitor Mello.
Conheça mais sobre o Dr. Vitor Mello: Dr. Vitor Mello é Biomédico, referência nacional em harmonização íntima masculina, criador do método Overpants e sexólogo. Ele realizou diversos procedimentos estéticos íntimos em famosos e anônimos. Além de ser uma figura renomada no campo da sexualidade, Dr. Mello é conhecido por sua abordagem inovadora e seus métodos que visam melhorar a confiança e a satisfação pessoal de milhares de homens no Brasil.