Quais são os maiores desafios das mulheres no setor tech?
De acordo com o estudo Women in Tech 2022, feito pela BairesDev, que analisou mais de 1 milhão de candidaturas por ano, foi identificado um aumento de 11% para 41% na participação de candidatas mulheres a cargos técnicos e não técnicos na área de tecnologia.
Embora tenha esse número recorde, a maior parte dessas mulheres que conseguem entrar no ramo se deparam com ambientes desconfortáveis, que as excluem e resultam na predominância do preconceito, já que a proporção da população feminina no segmento é explicitamente menor que a masculina.
Para Shirley Pegado, especialista em comunicação interna da Astéria, empresa de soluções digitais, a inclusão das mulheres na tecnologia não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma necessidade para impulsionar a inovação.
“A tecnologia está inteiramente ligada à vida cotidiana da sociedade e para atender as dores e necessidades de vários grupos sociais é preciso uma ampla gama de talentos. Isso só é possível através da diversidade de gêneros. E a inclusão das mulheres na tecnologia tornou-se parte crucial para garantir essa representatividade no setor, devido à maior probabilidade de soluções tecnológicas, que refletem as diferentes experiências que enriquecem a área”, afirma.
Para o melhor entendimento dos desafios enfrentados pelas mulheres diariamente no setor tech, Shirley Pegado, elenca três desses maiores obstáculos, como:
Estereótipos de gênero: Estereótipos de gênero podem influenciar as escolhas de carreira das pessoas. Um exemplo disso, é a ideia de que habilidades tecnológicas são mais adequadas para homens, já que este conceito ainda prevalece fortemente em algumas culturas e comunidades, desencorajando as mulheres a buscarem carreiras no segmento.
Falta de modelos femininos: Embora as mulheres tenham sido pioneiras nesse campo, desempenhando um papel fundamental nas primeiras décadas da computação, ao longo do tempo a indústria de tecnologia cresceu, e a ausência de modelos femininos de sucesso na tecnologia ficou cada vez mais evidente, criando a impressão de que não há espaço para mulheres no setor.
Viés inconsciente e discriminação: Viés inconsciente e discriminação de gênero acontecem desde o recrutamento, nas promoções e nas interações cotidianas no trabalho, o que ocasiona em um ambiente menos acolhedor para o público feminino e ainda dificultoso em relação ao avanço na carreira. Saiba mais em: https://www.asteria.com.br/.
Fomentando o empreendedorismo no franchising
Associação Brasileira de Franchising, com o objetivo de ampliar ainda mais a participação das mulheres no setor, valorizando também a diversidade e a equidade de gênero, anuncia parceria com o Conselho Nacional da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC) e com a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB).
O trabalho conjunto das entidades acaba de ser formalizado por meio da assinatura de um documento, na sede da CAC, em Brasília. A parceria prevê o desenvolvimento de ações conjuntas voltadas para a promoção do empoderamento feminino por meio da sua autonomia financeira.
De acordo com pesquisa da ABF, atualmente o setor de franquias brasileiro reúne mais de 184 mil operações, de 3 mil redes, com um faturamento que superou os R$ 211 bilhões em 2022. Um levantamento do Portal do Franchising revela que, entre as unidades franqueadas, 48% das pessoas que buscam uma franquia são mulheres, elas estão presentes em todos os segmentos do franchising, porém somente 19% das empresas franqueadoras são lideradas por mulheres.
Para a ABF, o franchising ético e consciente implica no cuidado com todos os stakeholders, e as mulheres também se sobressaem neste aspecto. Além disso, reconhecido por abrir portas para muitos trabalhadores no primeiro emprego, recebe entre eles muitas mulheres.
Dados do CMEC indicam que existem mais de 650 conselhos da Mulher no Brasil. De acordo com a presidente da entidade, Ana Claudia Badra Cotait, a parceria com a ABF motivará mais mulheres a abrir e liderar seus negócios. “O CMEC atua em prol da mulher empreendedora e em gerar oportunidades de liberdade financeira e gestão de negócios para elas, e ter a ABF conosco, como mais uma aliada para essas mulheres, é muito importante”, ressalta.
Conscientização no mês do Outubro Rosa
O Outubro Rosa coloca em foco a conscientização para a prevenção e o tratamento do câncer de mama. No Brasil, são esperados 704 mil novos casos de câncer para o triênio 2023 – 2025, sendo que o câncer de mama feminino, é o segundo de maior incidência, com a estimativa de 71 mil novos casos, segundo dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Esses casos representam 71 mil mulheres que vão parar suas vidas profissionais ou a dedicação a projetos pessoais para cuidar do restabelecimento da saúde. O tratamento demanda um longo período e vai modificar a rotina profissional dessas mulheres seguindo as recomendações médicas e vão precisar, com frequência, solicitar o afastamento do trabalho. E esse direito está previsto na legislação trabalhista tanto às mulheres, quantos aos homens – também acometidos, em menor incidência, pelo câncer de mama -, durante o tratamento.
A advogada Natália Guazelli alerta que se esse colaborador (a) com câncer for desligado da empresa, pode ser considerado um caso de demissão discriminatória.Ela é sócia proprietária do escritório Guazelli Advocacia.
Apresentadora lança Splash To Go
A Splash Bebidas Urbanas, rede especializada em bebidas e alimentos prontos para o consumo, que tem a apresentadora Sabrina Sato como sócia, acaba de lançar um modelo de microfranquia, a Splash To Go. O lançamento evidencia a aceleração da expansão da marca e visa oferecer uma oportunidade de empreendedorismo com investimento mais acessível e uma operação ainda mais enxuta.
A “Splash To Go” é uma loja compacta, que pode ter o formato de quiosque ou não, com aproximadamente 2×2 metros quadrados de espaço e projetada para operar em locais de alto fluxo de pessoas e em store-in-store (lojas dentro de lojas). A ideia é oferecer um cardápio otimizado, focado nos produtos mais procurados da rede, incluindo o frappè, batizado de Fraplash, e disponível em uma grande variedade de sabores, como por exemplo KitKat e Ovomaltine.