Tratada como uma área cada vez mais valorizada no cenário da saúde moderna, a medicina da família tem alta demanda de profissionais especializados. Entenda como ela funciona
Uma das máximas mais populares quando falamos de boas práticas médicas é aquela que afirma que “é melhor prevenir do que remediar”. Na medicina moderna esta é uma tendência que tem sido cada vez mais difundida: mesmo com o contínuo e exponencial progresso de tratamentos, técnicas e remédios para as mais variadas enfermidades, são as práticas voltadas a antecipar condições médicas complexas as que mais têm recebido atenção e incentivo das autoridades globais de saúde. Neste cenário, a chamada medicina da família vem se tornando uma alternativa altamente eficiente e recomendada para um plano estratégico de saúde baseado em prevenir condições médicas, mitigar a gravidade de certas doenças, ou mesmo diagnosticar e tratar enfermidades de forma precoce.
O médico de família é, resumidamente, um profissional da área da saúde especializado na relação humanizada entre ele e o paciente, individualizando a abordagem de acordo com as necessidades e ao ambiente familiar de cada pessoa atendida. A partir desta visão mais pormenorizada, ele ajuda a evitar que pacientes façam exames, consultas e procedimentos desnecessários. Para se habilitar na área, o médico precisa, após a faculdade, fazer uma residência médica ou prestar uma prova de titulação específica.
A prática é secular, mas tem ganhado força entre especialistas da área da saúde que enxergam na medicina da família uma ferramenta especialmente útil em um cenário social onde os custos com saúde só crescem. Embora esteja “na moda”, há um déficit desses profissionais no mercado de saúde brasileiro. De acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade (SBMFC), o País precisaria dispor de 70 mil médicos para atender toda a população de forma ideal, mas dispõe hoje de apenas 7.149 profissionais desta especialidade, pouco mais de 10% do ideal. A boa notícia é que estes números têm crescido: uma pesquisa recente da SBMFC atestou que houve um aumento de 30% na formação de profissionais da especialidade nos anos de 2020 e 2021. Na última década, o crescimento estimado de novos médicos da família foi de 171%.
O médico da família credenciado da Paraná Clínicas, Fabio Augusto de Campos Bonicontro (CRM 39.027|RQE 28.798), explica quais são as principais vantagens que um paciente tem ao fazer parte de um programa de medicina familiar: “o profissional da área oferece uma abordagem mais abrangente, aplicável a pacientes de todas as idades, de recém-nascidos até idosos, levando em consideração não apenas os sintomas específicos, mas também os fatores emocionais, sociais e familiares que podem afetar a saúde do indivíduo. Eles são como coordenadores de cuidados, trabalhando com referência e contra-referência para outras especialidades quando necessário, otimizando custos para o sistema de saúde e melhorando a eficácia do tratamento”, afirma Bonicontro.
Por terem este contato mais direto, os profissionais da especialidade geralmente têm acesso à história médica de toda a família, o que pode ser útil para identificar padrões genéticos de doenças e potenciais riscos de saúde, uma estratégia que pode ajudar a reduzir drasticamente custos de tratamentos tanto para redes de saúde pública quanto privada. “A medicina da família enfatiza a prevenção de doenças, promovendo a vacinação, aconselhamento sobre estilo de vida saudável, exames de rotina e triagem de condições médicas. Isso pode reduzir a incidência, prevalência e morbidade de doenças graves e melhorar a qualidade de vida das pessoas atendidas”, explica.
Outros casos em que a medicina da família pode ser extremamente útil, são no tratamento de doenças crônicas e comorbidades como diabetes, hipertensão, asma, entre outras. Essas condições exigem cuidados contínuos e coordenados ao longo do tempo, visando prevenção de complicações. Os médicos de família são treinados para fornecer esse tipo de atendimento através do diagnóstico e avaliação inicial, desenvolvendo um plano personalizado de cuidados, educação, monitoramento regular, gerenciamento de uso de medicamentos, aconselhamento sobre estilo de vida, aconselhamento psicológico, coordenação de cuidados, além da interação com outras especialidades.
Formação específica
Embora médicos de qualquer especialidade possam trabalhar na área, aqueles que escolhem se especializar em medicina de família passam por treinamento específico que os prepara para esse papel. Além de serem treinados para terem habilidade de lidar com uma ampla gama de condições médicas, também são especialmente preparados para desenvolverem habilidades de comunicação, promoção da saúde e prevenção de doenças.
O trabalho pode, inclusive, ser potencializado com a contribuição de outros profissionais de áreas distintas: uma equipe multidisciplinar atuando sob protocolos baseados no modelo típico de medicina de família como enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, entre outros, podem oferecer uma enorme variedade de serviços para atender às amplas necessidades dos pacientes, especialmente aqueles com condições médicas crônicas ou complexas.
Consolidado como um caminho mais racional para estratégias eficientes de promoção de saúde coletiva, a medicina da família tende a ganhar cada vez mais espaço na rotina tanto de profissionais da área da saúde, quanto de pacientes: “A prevenção e a antecipação do diagnóstico trazem resultados notáveis na redução do risco de desenvolvimento e agravamento de doenças, melhoria da qualidade de vida, economia de custos para os pacientes e para o sistema de saúde, além da maior eficácia do tratamento pela ação em estágios iniciais e precoces de doenças. É uma estratégia de saúde que gera aumento da longevidade, diminui sofrimento para os pacientes e previne uma série de complicações”, completa Bonicontro.
Sobre a Paraná Clínicas
Fundada em 1970, a Paraná Clínicas é referência em planos de saúde empresariais e também atua na modalidade coletivo por adesão. Carrega a missão de cuidar com excelência de empresas e pessoas, oferecendo como diferencial os programas de saúde preventiva e promoção de qualidade de vida. Com uma infraestrutura moderna e planejada em uma rede interligada, a Paraná Clínicas conta com sete unidades próprias em Curitiba e Região Metropolitana, chamadas de Centros Integrados de Medicina: CIM Araucária; CIM CIC – 24h; CIM Fazenda Rio Grande; CIM Rio Branco do Sul; CIM São José dos Pinhais; CIM Unidade Infantil – 24h (ao lado do Hospital Santa Cruz) e CIM Água Verde. Mais informações em panaclinicas.com.br
Fonte: Grupo Excom