Anne Walger
Todos nós temos algum parente, amigo ou conhecido que já obteve ou pretende conquistar dupla cidadania. Os impactos sociais, como a diminuição de renda, de qualidade de vida e aumento da violência são fatores decisivos para dar entrada no processo de reconhecimento de famílias inteiras. A busca por uma vida de oportunidades, como acesso gratuito em Universidades, bolsas de estudos, empregos, inclusive na área de formação do descendente, são fatores que colocam o continente europeu no epicentro de quem busca dupla cidadania.
Por outro lado, os países europeus implementaram políticas mais viáveis e até convidativas para descendentes que desejam estabelecer raízes, dada a baixa taxa de natalidade no continente europeu, combinada com o envelhecimento da população.
Este fenômeno social cria oportunidades de negócios para empreendedores minuciosos, aplicados e experientes no assunto, como é o caso de Anne Walger, que cuidou do próprio processo e de mais 25 pessoas entre ciclo familiar e social.
“Quando iniciei neste segmento percebi que já havia atendido 25 pessoas não pagantes, o que me rendeu o entendimento de que eu tinha um negócio nas mãos. Atualmente, focamos nossos esforços para que o cliente não se preocupe com nada durante todo o processo, no qual dedicamos o nossa perícia e conhecimento, para conquistar a cidadania para quem nos contrata”, revela Anne Walger, sobre o trabalho que exerce há 5 anos, desde que abdicou do meio corporativo convencional, para empreender em torno da obtenção das cidadanias italianas e portuguesa, por meio de sua empresa, a Italianne.
“Tenho mais de 300 famílias atendidas, o que rende em média, 600 cidadanias, entre italianas e portuguesas para brasileiros”, detalha Anne Walger. Alguns de seus clientes tem histórico de tentativas anteriores frustradas e até mesmo golpes sofridos por gente mal intencionada. Sem contar com os prejuízos gerados por profissionais imperitos, aqueles que se arvoram a assumir a tarefa sem ciência, base e estrutura para isto.
“Muita gente acha que só documentos são suficientes para obter a cidadania, o que é um grande equívoco, pois há trâmites que podem invalidar todo o processo, caso sejam feitos de forma imprecisa. Muitas vezes, também é necessário retificar os documentos, dada a diferença na grafia de registros antigos”, pondera.
Os cuidados, sem dúvida, compõem parte importante do trabalho que rende à empresária 100% de êxito nos casos atendidos. Contudo, não são as únicas medidas utilizadas para viabilizar a entrega do resultado esperado por quem a contrata. “Para que todo o negócio funcione conto com uma equipe permanente especializada, além do trabalho e cooperação de parceiros selecionados, como advogados e genealogistas no Brasil, Itália e Portugal, além de tradutores juramentados e sistema integrado de dados”, revela.
A Italianne conta com empresas parceiras capazes de complementar a gama de serviços utilizados por quem pleiteia a cidadania. Por isso, mantém parcerias com casas de câmbio e agências de viagem avalizadas, para prover moeda estrangeira e passagens aéreas com autenticidade e boas tarifas a quem escolhe obter cidadania depois de residir no país em questão.
“Controlar todas estas variáveis são precauções que diminuem o risco de negativa e aumentam a segurança e comodidade de cada cliente. Tanto assim que nunca lidei com nenhum processo negado ou pendenciado até agora, durante os cinco anos de atividade”, comemora.
Perícia na resolução de casos complexos
“Já atendemos alguns casos muito complexos que chegaram até nós com o retrospecto de frustração e até abandono de processos de famílias inteiras. Em um destes casos foi necessário que percorrêssemos igrejas, cemitérios e prefeituras antigas para conseguir um único documento, o mesmo que havia causado a desistência das tentativas anteriores ao nosso atendimento. Esta busca nos demandou oito meses de trabalho”, explica Anne.
Em outra ocasião, o primeiro nome do pai da família foi suprimido no cartório, o que embargou a Certidão de Nascimento. Para resolver a situação, a solução foi recorrer ao expediente do nascimento tardio. “A família não conseguia obter a cidadania porque o pai não constava no cartório com o mesmo nome. Depois de tudo resolvido, até festa de comemoração foi realizada com a família toda!”, comenta.
Para além dos problemas burocráticos há também os que sofrem por conta da má fé alheia. Já que há no mercado quem venda “cidadania em trinta dias” ou, simplesmente, surrupie o dinheiro alheio sem nada entregar. “Já atendi gente que foi vítima de fraude documental, que entregou todo o dinheiro que tinha, caindo em golpes”.
Quem pode pleitear?
Diante da suposta facilidade vendida por alguns profissionais e empresas e, também entre tanta informação imprecisa que circula na internet, vale esclarecer algumas regras básicas sobre condições que podem render cidadania italiana e portuguesa, respectivamente.
- A italiana pode ser pleiteada sem limite de geração. Qualquer descendente de sague comprovadamente italiano pode requerer.
- As mulheres descendentes de sangue, nascidas antes de 1948 não tem direito na linhagem sanguínea mas podem requerer através de um processo judicial.
- Para quem se casou com cidadão italiano antes de 27 de abril de 1983 a cidadania é automática para mulheres. Depois desta data, ambos os sexos, podem pleitear a cidadania por matrimônio, comprovando a proficiência do idioma italiano e toda a parte documental.
- A Portuguesa impõe o limite de descendência até a terceira geração. Então, o avô tem de ser português reconhecido. Se o avô, e pai já faleceram, a pessoa é a última da família a poder pleitear, através de documentação comprobatória.
- E, por casamento (na Portuguesa), é preciso estar de fato casado para que se possa realizar a transcrição deste casamento.
Telefone: (41) 2391-0964
Instagram: Italianne.cidadania